Pablo Marçal, conhecido como “coach messiânico”, foi condenado em 2010 por integrar uma quadrilha que desviava dinheiro de bancos. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), Marçal, hoje influencer, capturava e-mails e consertava computadores usados pelos criminosos. Ele teve a pena extinta em 2018 por prescrição retroativa.
A quadrilha atuava desde 2005, quando Marçal tinha 18 anos e morava em Goiânia. A Polícia Federal, na Operação Pegasus, identificou o grupo como a “maior quadrilha de piratas da internet brasileira”. A organização causou prejuízos significativos a instituições como a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil.
Os criminosos criavam sites falsos, enviavam mensagens ameaçadoras e usavam programas invasores para roubar dados. Marçal capturava listas de e-mails que eram infectados para obter senhas e dados bancários.
Hoje, Marçal ostenta uma vida de luxo, com carros e jatinhos, vendendo cursos de motivação. Ele nega envolvimento direto com a quadrilha e afirma que apenas consertava computadores.
O MPF contestou sua inocência, destacando a participação ativa de Marçal nas atividades do grupo. Ele foi condenado a 2 anos e 6 meses de reclusão, mas a pena foi extinta devido à prescrição. A decisão judicial mencionou que a pena era regulada por um prazo prescricional de 4 anos, reduzido à metade por Marçal ser menor de 21 anos na época dos crimes.
Marçal admitiu que prestava serviços ao pastor líder da quadrilha, mas alegou desconhecer as atividades ilícitas. No entanto, o MPF argumentou que as declarações de Marçal eram inconsistentes e que ele sabia sobre as fraudes discutidas nos encontros do grupo.
Fonte: Metrópoles.