O salário mínimo para 2025 pode alcançar R$ 1.524, superando a previsão inicial do governo de R$ 1.509, de acordo com dados mais recentes. Este novo valor representa um aumento de R$ 112 em relação ao atual piso nacional de R$ 1.412.
A alta nos índices inflacionários dos últimos meses foi o principal fator que levou à revisão da estimativa. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) deve fechar em 4,9%, bem acima da projeção inicial de 3,65%. A fórmula de reajuste do salário mínimo considera a inflação acumulada mais a variação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes.
Esse aumento no salário mínimo terá impacto direto em uma série de benefícios, como a previdência social, o Benefício de Prestação Continuada (BPC), o seguro-desemprego e o abono salarial. Com isso, milhões de brasileiros serão diretamente beneficiados, refletindo positivamente nas suas rendas.
O cenário econômico, que inclui a inflação oficial acumulada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), influenciou ainda mais essa decisão. Em outubro, a inflação avançou 0,56%, marcando o segundo mês consecutivo de aumento. No acumulado de 2024, o IPCA registra 3,88%, com uma alta anual de 4,76%.
A implementação desse novo piso salarial depende da aprovação do Congresso Nacional e da sanção do presidente Lula, o que deve ocorrer até o final do ano. Caso seja aprovado, o reajuste passará a valer a partir de 1º de janeiro de 2025.
Histórico recente dos reajustes do salário mínimo:
- 2024 – R$ 1.412 (6,97%)
- 2023 – R$ 1.320 (8,91%)
- 2022 – R$ 1.212 (10,04%)
- 2021 – R$ 1.100 (5,2%)
- 2020 – R$ 1.045 (4,7%)
- 2019 – R$ 998 (4,6%)
- 2018 – R$ 954 (1,8%)
- 2017 – R$ 937 (6,48%)
- 2016 – R$ 880 (11,6%)
A nova projeção traz expectativas de aumento no poder de compra e de melhorias nas condições financeiras para milhões de trabalhadores brasileiros que dependem do salário mínimo, especialmente em um cenário de alta nos preços e na inflação.