Moana Valadares assume presidência do PL em Sergipe e Amorins perdem espaço político
Com a oficialização da vereadora de Aracaju, Moana Valadares, como presidente do PL em Sergipe, um novo capítulo se abre na política estadual: o enfraquecimento do grupo político dos Amorins, que durante anos controlou a legenda.
O ex-deputado Edvan Amorim, que comandou o PL sergipano por longo período, perdeu o posto para o deputado federal Rodrigo Valadares (União Brasil), que mesmo impossibilitado de se filiar ao PL por já ter mandato em outro partido, articulou para que a sigla passasse a ser dirigida por sua esposa. O movimento consolidou Rodrigo como uma das principais lideranças bolsonaristas em Sergipe, em contraponto aos Amorins, que mesmo estando no mesmo partido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), nunca se alinharam ou defenderam publicamente o seu projeto político.
A perda do comando partidário representa mais um revés na trajetória política da família Amorim. O ex-senador Eduardo Amorim, que busca se recolocar como opção para o Senado em 2026, acumula uma sequência de derrotas eleitorais: disputou o governo de Sergipe em 2014 e 2018, sem sucesso, e voltou a amargar uma derrota nas urnas ao tentar retornar ao Senado em 2022.
Agora, tanto Eduardo quanto Edvan somam mais um duro golpe em sua trajetória, ficando sem prestígio dentro de uma das siglas mais estratégicas do cenário nacional. A ascensão de Moana Valadares à presidência do PL em Sergipe é vista como a consolidação do afastamento dos Amorins do centro das decisões políticas, refletindo a queda de influência de um grupo que já foi considerado determinante na política estadual.